Professores pedem isonomia entre efetivos e contratados via Reda

Com pronunciamentos fortes sobre tratamento diferenciado entre professores efetivos e contratados pelo sistema Reda – desde hostilidade à diferença de até 10 horas a mais de trabalho -, a Câmara de Feira de Santana realizou hoje (8) uma Audiência Pública para discutir a Portaria 007/2025, que estabelece ajustes na carga horária da Rede Municipal de Ensino. O evento foi coordenado pela Comissão de Educação e Cultura do Legislativo, presidida pelo vereador Professor Ivamberg (PT), que coordenou os trabalhos ao lado da vice-presidente, vereadora Eremita Mota (PP). O encontro teve a participação de professores e representantes da APLB.
“Somos tratados como uma subcategoria, de fora das discussões sobre a escola, nossa força de trabalho é explorada, trabalhamos horas a mais, sem receber”, desabafou o professor Igor Neves, ao defender uma ação coletiva para que sejam ressarcidos. Assim como o ele, a professora Ariana Souza, reclamou da falta de respeito pelos profissionais da educação. “Mesmo com a portaria suspensa pela justiça, fomos convocados para retornar”, acrescentando ainda que são hostilizados. “Não há isonomia, trabalhamos de forma insalubre e desumana”, completou Perla Silva da Fonseca.
Diante da galeria lotada, Marlede Oliveira, presidente da APBL, lembrou que a luta para garantir educação pública de qualidade é permanente. “O sindicato é do diálogo. Mas fomos surpreendidos com a portaria se sobrepondo a uma lei municipal”, afirmou, destacando que nem o piso está sendo cumprido, desde o governo anterior. De acordo com Marlede, faltam pelo menos 400 professores na rede e, por conta disso, tem escolas funcionando dia sim, dia não, situação que requer, conforme frisou, solução urgente.