As gestantes que se dirigem ao Hospital Nair Alves de Souza (HNAS), em Paulo Afonso, estão em polvorosa. Segundo relatos, elas são humilhadas e maltratadas por enfermeiras que, segundo as pacientes, não têm condições de exercer a profissão. Algumas enfermeiras, mais exaltadas, sequer exibem crachá para não serem identificadas.
Maria José da Silva, moradora do Siriema, acompanhava sua filha menor, grávida de sete meses e precisando urgentemente de uma ultrassonografia, pois há duas semanas vem perdendo líquido. Revoltada, ela retornou para casa sem atendimento e pede providências.
Juliana Rodrigues de Souza, moradora do Centenário, acompanhava sua sobrinha grávida de 41 semanas. Ela denuncia que a sobrinha está internada desde o dia 30, há três dias com intensas dores, e os médicos intensificam a medicação para indução do parto, sem sucesso. Juliana teme pela vida da sobrinha e do feto, devido ao intenso sofrimento.
Olema Lourenço Silva, 38 anos, grávida de dois meses, está há 15 dias esperando uma ultrassonografia. Hoje, mandaram que voltasse amanhã. Ela alega que várias enfermeiras estressadas tratam mal as gestantes, muitas vezes sem crachá de identificação. Segundo ela, viu várias indicações políticas passando à frente das pessoas que aguardavam atendimento.
Outro caso que chama atenção é o de Milene Rayane Silva, 22 anos, grávida de três meses e também precisando de ultrassonografia. Assim como as outras gestantes, ela reclama do mau atendimento e da falta de organização.
O caso mais grave é o da jovem Maria Grazielle da Silva, que após ser submetida a uma laqueadura, descobriu que possuía um feto inviável. Desesperada e chorosa, ela aguardou por horas para ser internada, mas foi liberada para ir para casa, mesmo com o médico sabendo que o feto estava morto.
Nossa reportagem tentou ouvir o secretário de saúde através da ASCOM, mas até o momento não obteve retorno, tentamos ouvir a responsável medica no hospital que não se encontrava no momento.
