O setor de transporte rodoviário brasileiro, responsável por movimentar cerca de 75% das mercadorias consumidas no país, enfrenta uma crise silenciosa, mas de grandes proporções: a escassez de motoristas de caminhão. A falta de profissionais qualificados já afeta diretamente a logística nacional e começa a gerar impactos preocupantes na economia.
Segundo especialistas, o problema vai muito além de uma simples ausência de mão de obra. Entre os principais fatores apontados estão o envelhecimento dos profissionais que ainda atuam, as duras condições de trabalho nas estradas e o crescente desinteresse dos jovens pela profissão que, no passado, chegou a ser vista como uma carreira promissora, com bons salários e benefícios.
Hoje, no entanto, a realidade é outra. Jornadas exaustivas, insegurança nas rodovias e a ausência de políticas públicas voltadas à valorização da categoria têm afastado novos talentos e deixado o setor à beira de um colapso. Sem uma renovação geracional e estrutural, o transporte rodoviário corre o risco de se tornar um gargalo ainda maior para a já desafiadora cadeia logística brasileira.
De acordo com um estudo do Senatran de janeiro de 2025, divulgado no bolg da fabricante de caminhões Iveco, entre os anos de 2013 e 2023 houve uma diminuição de cerca de 1,1 milhão de caminhoneiros no brasil, o que representa uma queda de 20% nesses dez anos.
O Governo Federal e a Confederação Nacional do Transporte (CNT), assinaram um protocolo de intenções para atrair e capacitar novos motoristas. Já o Sest Senat, outro órgão do governo, realiza um trabalho intenso para incentivar o ingresso de mulheres no mercado. Empresas privadas como a gigante do setor de transporte rodoviário JSL, lançou o programa mulheres na direção com o objetivo de capacitar mulheres para atuarem como motoristas de carreta.
É a união das esferas público/privada tentando minimizar os impactos de uma crise causada pela falta de profissionais tão importantes para a economia nacional.
/n Fonte: portaldafeira.com.br
