Dólar sobe a R$ 5,81 com foco no exterior

O dólar à vista opera em alta no início da tarde desta segunda-feira, 10, após rondar a estabilidade frente ao real ao longo da manhã. Investidores aguardam mais notícias sobre os planos tarifários dos Estados Unidos e uma série de dados de inflação ao longo da semana.
Às 13h55, o dólar à vista subia 0,44%, a R$ 5,81 na venda.
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,51%, a R$ 5,7892, mas acumulou baixa semanal de 2,15%.
As atenções dos mercados globais estão voltadas para a política comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem ameaçado constantemente parceiros do país com a implementação de tarifas de importação, mas recuado também com certa frequência.
As mais recentes notícias sobre o assunto se referem às ameaças de Trump sobre Canadá e México, com o presidente dos EUA isentando por um mês das tarifas de 25% que ele havia imposto sobre os dois vizinhos os produtos que se enquadrem em um pacto comercial da América do Norte.
Em meio à incerteza comercial, com dúvidas sobre quais tarifas prometidas por Trump realmente entrarão em vigor, investidores têm tido dificuldades em definir para qual direção seguir nos mercados de câmbio.
Agentes financeiros ainda demonstram cautela ao tentar projetar os próximos passos do Federal Reserve em seu ciclo de afrouxamento monetário, à medida que uma série de relatórios têm mostrado sinais de desaceleração da economia norte-americana.
Na sexta-feira, em discurso em uma conferência, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central será cauteloso para ter certeza de que sabe o que está acontecendo no país, sem necessidade de apressar qualquer corte nos juros.
Operadores continuam apostando em três cortes na taxa de juros pelo Fed neste ano, com a retomada das reduções prevista para junho.
Já no cenário doméstico, a preocupação do mercado continua sendo a trajetória das contas públicas, com investidores receosos sobre quais medidas o governo pode adotar para reduzir a inflação dos alimentos e responder à queda recente de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O governo anunciou na semana passada que vai zerar a alíquota de importação de vários produtos, incluindo carne, café, açúcar e milho, entre outros, como parte de uma série de medidas para reduzir os preços de alimentos.